Perder o sono, desengavetar músicas que doem uma dor boa, esticar a mão até a poesia da cabeceira, descer da cama, subir a ceva e a persiana.
Essa é de se ouvir com a cabeça para os pés da cama e os pés na janela, olhando para o céu, mesmo que o céu tenha sumido atrás daquela luz cegante do poste, que iluminaria o bairro inteiro, se o bairro inteiro ficasse na mesma altura da minha janela.
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