segunda-feira, 25 de agosto de 2008

deserto

É natural que, de repente, eu tenha esquecido o que procurava?
E se perdi alguma coisa no caminho que não me faz falta?
Um eco, um vento,
Uma febre imbecil.

Deveria voltar pra buscar???
.
.
.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Clandestina

Neste caso, me detenho a ficar mesmo na versão não-autorizada...
Alguém disse, ninguém viu, quase todo mundo duvida.
Deixo ao acaso um novo encaixe, uma volta à beira;
Deixo em teus ouvidos novas palavras,
Devolva-me as velhas,
Deixe-me para trás.
E não me faça perguntas,
Não é à toa que me calo;
Eu quero o alívio de ser tola,
Um novo olhar, um mundo estranho,
Descobrir verdade qualquer desnecessária
E não ter quase medo algum.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

uNpLuGgEd

Eu bloqueio,
Tu bloqueias
Todos bloqueiam
Coisas aqui, acolá,
De um jeito ou outro
No limpo, no sujo.
O mundo todo está online
E eu sem a menor vontade de estar
Não quero café
Não quero boteco
Não quero champagne, meu bem.
Tô sem tempo pra você.
Tô tentando falar baixo,
Tô tentando lentos passos.
Não me perceba,
Não me julgue,
Eu não te odeio,
Eu nem odeio,
Porque nem sei.

Me deixa cá, me dê um tempo...
Quero comida boa,
Caminha quente
E nada de gente!

domingo, 3 de agosto de 2008

Retribuo bonitas palavras com todo meu rancor
Rancor por coisas que não te pertencem
Velha lei da compensação:
Abaixo ao prejuízo...alguém tem que pagar por isso!
Me deste asas de borboletas multicores
E te devolvo um pouso baixo, medroso
E a fácil captura que só a covardia permitiria...
É que o mundo é repugnante às vezes
E os desejos irritantes que nos habitam,
Acredite em mim, passam.
E há um milhão de outras opções
Sem que ninguém precise enlouquecer.

E é preciso tempo demais até que
Algum entendimento seja possível;
Criam-se rugas, as paredes mudam de cor,
Mas continuamos jovens e as roupas ainda nos servem
E eu até penso em mudar lá pelas tantas
Dividir o vinho, quem sabe...?
Um bom começo!
E só a vida que me deixa assim exausta...
Não me preocupo tanto assim.