quarta-feira, 10 de abril de 2013

SONHO

Espio pela fresta da porta antes de entrar
Tento não fazer estragos
Tento achar a luz, antes que ela me cegue
Ouço barulhos que estão dentro de mim
Nas gavetas internas
Gente andando
Um aviso que diz "fuja!"
Passo os obstáculos
E o que derrubo, cai de mim
Quase enxergo, mas não chego
As paredes que toco são grades
E o que misturo com as mãos
Me constitui.

Não tenho medo de nada,
Não rejeito
Esse sentimento que é de entrar-sair
Esse sentimento que é tocar a cegueira
Tudo isso sao alucinações possíveis,
São passos,
São meus limites noturnos.