domingo, 3 de agosto de 2008

Retribuo bonitas palavras com todo meu rancor
Rancor por coisas que não te pertencem
Velha lei da compensação:
Abaixo ao prejuízo...alguém tem que pagar por isso!
Me deste asas de borboletas multicores
E te devolvo um pouso baixo, medroso
E a fácil captura que só a covardia permitiria...
É que o mundo é repugnante às vezes
E os desejos irritantes que nos habitam,
Acredite em mim, passam.
E há um milhão de outras opções
Sem que ninguém precise enlouquecer.

E é preciso tempo demais até que
Algum entendimento seja possível;
Criam-se rugas, as paredes mudam de cor,
Mas continuamos jovens e as roupas ainda nos servem
E eu até penso em mudar lá pelas tantas
Dividir o vinho, quem sabe...?
Um bom começo!
E só a vida que me deixa assim exausta...
Não me preocupo tanto assim.

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