brincando de enfrentar as coisas de forma adulta, vou voltando aos medos de criança
medo de ver alguém roubando no jogo, infringindo regras que obedeço
nunca fui do tipo tranquila, nem quando criança. nunca gostei do injusto, do desigual.
não há remédios para a terceiridade (da semiótica que lia ontem)
as memórias boas e más que formam uma teia onde me enredo hoje
vulnerável a tudo que me vem aos ouvidos e aos olhos e mais ainda a tudo que coloquei lá dentro
na tentativa de dividir acabo mesmo é somando, multiplicando e me diminuindo diante das caretas que a realidade me faz.
e não me venha falar de auto-sabotagem, de construção de ficções
se as coisas feias existem não é somente um problema de quem as vê
não sou eu que não tô sorrindo, é teu olho que lacrimejando*
nunca gostei do injusto, do desigual, já disse
se eu visse alguém colando em uma prova, fazia o mesmo.
*Prédio, Apanhador Só. A música que no momento me advoga.
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